O Senhor esteja convosco.
Ele esta no meio de nós.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus 7,7-12
Gloria a Vós, Senhor.
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos:
7“Pedi e recebereis; buscai e achareis; batei e a porta vos será aberta. 8Pois todo aquele que pede recebe; quem procura acha; e ao que bate, abre-se a porta. 9Quem de vós dará uma pedra ao filho que lhe pedir pão? 10Ou lhe dará uma cobra, se lhe pedir peixe?11Ora, se vós, que sois maus, sabeis dar coisas boas a vossos filhos, quanto mais vosso Pai celeste dará coisas boas aos que lhe pedirem!” 12“Portanto, fazei aos outros tudo aquilo que quereis que eles vos façam: nisso se resumem a Lei e os Profetas”.
Palavra da Salvação.
Gloria a Vós, Senhor.
No relacionamento com o próximo, os discípulos de Jesus devem pautar-se por um preceito fundamental: “Tudo o que vocês desejam que os outros lhes façam, façam vocês também a eles”. Norma formidável para quem deseja relacionar-se, de modo conveniente, com seus semelhantes.
A tradição dos rabinos conhecia uma sentença análoga, com a diferença de ser formulada em forma negativa: “O que vos parece odioso, não o façais a vosso próximo. Eis a Lei! Tudo mais é apenas explicação: Ide e aprendei”.
Os discípulos foram instruídos a buscar em si próprios – em suas necessidades e em seus anseios – a regra conveniente de conduta. Dispensam-se as recompensas e os reconhecimentos. A ação flui na mais absoluta gratuidade, na qual o discípulo encontra a alegria e se sente recompensado. Dispensam-se, também, os legalismos casuístas e as restrições. O critério da ação está no coração de quem faz o bem ao próximo.
Alguém poderia objetar que este critério é perigoso, podendo gerar uma forma velada de egoísmo, no qual o indivíduo reduz o próximo a seus esquemas mesquinhos. Este preceito, porém, deverá ser entendido junto com o que Jesus ensinou mais adiante: “Sede perfeitos, como o Pai celeste é perfeito”. O verdadeiro discípulo tende a alargar o seu coração para torná-lo grande como o coração do Pai.