O Senhor esteja convosco.
Ele esta no meio de nós.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas 11,47-54
Gloria a Vós, Senhor.
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos:
47Ai de vós, porque construís túmulos para os profetas, que foram mortos por vossos pais! 48Assim sois testemunhas e aprovais as obras de vossos pais: eles os mataram e vós lhes edificais os sepulcros! 49Por isso, disse também a Sabedoria de Deus: ‘Eu lhes enviarei profetas e apóstolos: a uns matarão, a outros perseguirão’, 50para que a esta geração se peça conta do sangue de todos os profetas, que foi derramado desde a criação do mundo, 51desde o sangue de Abel até o de Zacarias, que foi assassinado entre o altar e o santuário! Sim, eu vos digo, serão pedidas contas a esta geração! 52Ai de vós, doutores da lei, porque tirastes a chave da ciência: vós mesmos não entrastes e impedistes os que queriam entrar!”53Quando Jesus saiu, os escribas e fariseus começaram a persegui-lo duramente e a importuná-lo com inúmeras perguntas 54armando-lhe ciladas para surpreendê-lo em alguma palavra sua.
Palavra da Salvação.
Gloria a Vós, Senhor.
A sabedoria de Deus consiste em oferecer à humanidade pecadora a possibilidade da salvação. Para isto, o Pai tem um projeto no qual a presença dos profetas é altamente relevante. Eles são os porta-vozes da salvação, indicando à humanidade o caminho a ser seguido, e as condições para alcançá-la. Erguem-se contra os injustos e os ímpios. Colocam-se na defesa dos pobres e oprimidos, vítimas inocentes de um sistema que rejeita Deus e seu plano de amor. Proclamam, a plenos pulmões, que o castigo virá, caso se obstinem no caminho do mal. Enfim, são os instrumentos de que Deus se serve para fazer-se ouvido.
Mas a rebeldia foi a resposta do povo eleito, pois perseguia e matava os profetas e os demais enviados de Deus, no intento de fazer calar o apelo que lhe era dirigido. Os assassinos dos profetas pensavam que, agindo assim, invalidariam o plano de Deus. Enganaram-se, pois, o amor de Deus é invencível.
Jesus, o Filho de Deus enviado como profeta, tinha consciência da sorte que o esperava. Seu destino estaria em perfeita consonância com o dos profetas enviados antes dele. O Mestre, porém, não se intimida. Com o mesmo vigor dos profetas do passado, opôs-se tenazmente aos fariseus e aos mestres da Lei que, no seu tempo, impediam que a salvação chegasse ao povo. O que pretendiam era calar a voz de Jesus.