O Papa Francisco levou três famílias de refugiados sírios de volta para Roma neste sábado (16) após visitar a linha de frente da crise de refugiados na Europa em um acampamento na Grécia onde migrantes choraram a seus pés, beijaram suas mãos e imploraram por ajuda, segundo a Reuters.
Em um complexo cercado na ilha de Lesbos, adultos e crianças se desmancharam em lágrimas depois que a viagem deles à Europa foi interrompida por uma decisão da União Europeia de fechar a rota de imigração usada por milhões de pessoas para fugir dos conflitos desde o início de 2015.
Embora as fronteiras agora estejam amplamente fechadas para migrantes, Francisco simbolicamente levou um pequeno grupo de refugiados com ele em sua areronave quando deixou a ilha após uma visita de cinco horas, de acordo com a Reuters.
“O papa desejava fazer um gesto de boas vindas a respeito dos refugiados, acompanhando em seu avião a Roma três famílias de refugiados da Síria, 12 pessoas ao todo, incluindo seis crianças”, disse comunicado divulgado pelo Vaticano.
Os indivíduos foram selecionados aleatoriamente, segundo a imprensa. Eles haviam chegado a Lesbos antes de um acordo entre a União Europeia e a Turquia entrar em vigor para interromper o fluxo de migrantes em 20 de março.
O Papa Francisco, líder de 1,2 bilhão de católicos, cumprimentou centenas de pessoas enquanto outras centenas se apertavam em cercas de metais no campo de Moria, que abriga cerca de 3.000 pessoas. “Liberdade, liberdade”, gritavam imigrantes enquanto o papa andava pelo local sob forte sol. Algumas mulheres uivavam.
“Quero dizer para vocês, vocês não estão sós. Como pessoas de fé, juntamo-nos a suas vozes para falar por vocês. Não percam a esperança!”, disse o Papa Francisco, ao lado do Patriarca Bartholomew, líder espiritual dos cristãos ortodoxos, e do arcebispo grego Leronymos.