O Senhor esteja convosco.
Ele esta no meio de nós.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus 13,31-35
Gloria a Vós, Senhor.
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos:
31Jesus contou-lhes mais uma parábola: “O Reino dos Céus é como a semente de mostarda que alguém toma e semeia em seu terreno. 32É a menor de todas as sementes, mas, quando cresce, torna-se a maior de todas as verduras e chega a ser uma verdadeira árvore, em cujos ramos as aves do céu vêm fazer ninhos”. 33Jesus contou-lhes ainda esta parábola: “O Reino dos Céus é como o fermento que uma mulher toma e mistura em três medidas de farinha, até que tudo fique fermentado”.34Tudo isso Jesus falou às multidões por meio de parábolas, e nada lhes dizia sem usar parábolas, 35para que se cumprisse o que fora predito pelo profeta: ‘Ao dirigir-me a eles, usarei parábolas e publicarei o que estava oculto desde a criação do mundo’”.
Palavra da Salvação.
Gloria a Vós, Senhor.
O tesouro descoberto por acaso e a pérola preciosa encontrada após uma longa busca indicam uma postura imprescindível para quem se faz discípulo do Reino: capacidade de abrir mão do que lhe parecia ser valioso – a riqueza acumulada – para ficar apenas com o que é fundamental, o verdadeiramente necessário. Surge, então, uma questão implacável: vale a pena?
A disposição para obter o “mais” choca-se muitas vezes com o que é “menos”. Neste sentido, o discípulo necessita de muita audácia para que o apego ao “menos” não o impeça de adquirir o que é “mais”. É a audácia do agricultor que encontrou o tesouro e do comerciante em busca de uma pérola preciosa. Eles venderam tudo quanto possuíam, e que haviam conseguido à custa de longos e penosos anos de trabalho e esforço, para adquirir apenas um bem: o primeiro, o campo onde se escondia o tesouro, e o segundo, uma única pérola. Sabiam, porém, que aquele não era um campo qualquer, nem uma pérola como tantas outras. Ao dar-se conta do valor incomensurável do bem a ser adquirido e da chance que tinham diante de si, não hesitaram em se decidir.
A “aquisição” do Reino exige do discípulo abrir mão de tantas coisas tidas como valiosas, mas que são um bem menor, se comparadas com ele. Afinal, o Reino é o próprio Deus desejoso de fazer-se senhor de cada pessoa e da história humana.