+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas 1,56-66.80
56Maria ficou com Isabel uns três meses e depois voltou para casa. 57Quanto a Isabel, chegou seu tempo de dar à luz e ela teve um filho. 58Seus vizinhos e parentes ficaram sabendo que o Senhor lhe concedera esta grande graça e foram participar de sua alegria. 59Oito dias depois, vieram circuncidar o menino e queriam chamá-lo Zacarias, que era o nome do pai; 60mas sua mãe respondeu: “Não, ele se chamará João!”61Disseram-lhe: “Mas não há ninguém em tua família com este nome!” 62E por meio de gestos perguntaram ao pai como queria que o chamassem. 63Ele pediu uma tabuinha e escreveu: “João é seu nome”. E todos ficaram admirados. 64Na mesma hora sua boca se abriu, a língua se soltou e ele se pôs a falar, bendizendo a Deus. 65Todos os seus vizinhos ficaram cheios de temor, e por toda a montanha da Judeia se contavam todos esses fatos. 66Todos os que ouviam isso, guardavam tudo no coração, perguntando: “Que virá a ser este menino?” De fato, a mão do Senhor estava com ele. 80Entretanto o menino crescia, e se fortalecia seu espírito. E morou no deserto até o dia em que devia manifestar-se a Israel.
Palavra da Salvação.
O nascimento de João Batista corresponde a um passo decisivo em direção ao cumprimento da promessa divina, de conceder ao mundo um Salvador.
A importância da presença do Precursor, na história humana, é visível no conjunto dos fatos que circundam o seu nascimento. Seus pais era idosos. Sua mãe, estéril, quando concebeu. A mudez inexplicável do pai, Zacarias, apontava para alguma experiência, extremamente forte, feita no Templo, relacionada com a gravidez de Isabel.
As divergências em torno do nome a ser dado à criança foram fora do comum. Quiseram dar-lhe o nome de Zacarias, que significa Deus se lembra. O pai, porém, insistiu para que se chamasse João, que significa Deus é propício, conforme as instruções que tinha recebido. A decisão a respeito do nome do recém-nascido foi, para Zacarias, penhor de graças. Com isso pôde recobrar a fala e bendizer publicamente a Deus.
Este conjunto de fatos explica o porque da perplexidade e do espanto de parentes e vizinhos, a respeito do futuro do menino. Podia-se notar como “a mão do Senhor estava com ele”, guiando-o desde a mais tenra idade. Se já agora estava acontecendo isso, o que seria de seu futuro? Coisas grandiosas lhe estavam reservadas!
Desde o início, as comunidades cristãs souberam reconhecer a importância de João. Apesar da provisoriedade de sua missão, ela foi relevante, por estar relacionada com o Messias Jesus.