O Senhor esteja convosco.
Ele esta no meio de nós.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São João 3,13-17
Gloria a Vós, Senhor.
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos:
13Ninguém subiu ao céu, senão o que desceu do céu: o Filho do homem.14Assim como Moisés levantou a serpente no deserto, assim é necessário que o Filho do homem seja levantado, 15a fim de que todo aquele que crê tenha por meio dele a vida eterna”. 16“Com efeito, Deus tanto amou o mundo que lhe deu seu Filho unigênito, para que não morra quem nele crê, mas tenha a vida eterna. 17Pois Deus não mandou seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que por meio dele o mundo seja salvo.
Palavra da Salvação.
Gloria a Vós, Senhor.
A crucifixão de Jesus deu à cruz um sentido novo: deixou de evocar a morte, para ser evocação da vida. Não mais seria instrumento de castigo, mas de salvação. Seria motivo de exaltação e não de ignomínia.
Esta mudança radical do sentido da cruz deveu-se ao modo como Jesus a viveu. A morte de cruz foi a prova suprema da fidelidade do Filho ao Pai. Nela ficou patente que Deus era o senhor único e exclusivo da vida de Jesus, e que nenhuma criatura fora suficientemente forte para desviá-lo do caminho traçado pelo Pai. Somente neste sentido é possível entender a necessidade da morte de cruz. Seria praticamente impossível ter Jesus encontrado outra forma mais convincente para provar sua fidelidade a Deus. Ele não temeu enfrentar, de cabeça erguida, a infamante morte de cruz, quando estava em jogo a razão de ser de sua existência e de sua vinda ao mundo.
Daqui provém o respeito cristão pela cruz e o simbolismo de que é revestida. Ela evoca a fidelidade de Jesus e é apelo à essa mesma fidelidade. É a síntese do amor de Jesus pela humanidade, ao entregar-se para resgatá-la do pecado, e é um convite para o amor. Ela revela o serviço radical e incondicional de Jesus ao Reino, e estimula o cristão a fazer o mesmo. Exaltar a cruz é, pois, optar por trilhar os caminhos de Jesus.