+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas 7,19-23
19João mandou-os perguntar ao Senhor: “És tu aquele que deve vir, ou temos de esperar outro?”20Chegando perto de Jesus, aqueles homens lhe disseram: “João Batista enviou-nos a ti para perguntar: ‘És tu aquele que deve vir ou temos de esperar outro?’’’ 21Naquela hora, Jesus curou muita gente de doenças, enfermidades e espíritos malignos e deu a vista a muitos cegos. 22Em resposta, disse-lhes: “Ide e contai a João o que vistes e ouvistes: os cegos veem, os paralíticos andam, os leprosos ficam curados, os surdos ouvem, ressurgem os mortos, a Boa Nova é anunciada aos pobres. 23E feliz aquele que não cair por minha causa!”
Palavra da Salvação.
A ação messiânica de Jesus deixava João Batista decepcionado. O precursor esperava um Messias com pulso forte, que fizesse um limpeza em regra no povo de Israel, ou seja, punisse os pecadores, pusesse fim à já longa opressão, libertasse os cativos de toda sorte de prisões, enfim, criasse um sociedade ideal, plenamente de acordo com o projeto de Deus.
Jesus, porém, pautava sua ação por outros parâmetros. Sua atenção concentrava-se nos fracos, nos doentes, nos excluídos, nos pobres, servindo-os, de maneira incansável. Por sua ação, os cegos passavam a ver, os coxos, a andar, os surdos, a ouvir, os leprosos eram limpos, os mortos ressuscitavam e os pobres eram evangelizados. Esta era a sociedade que brotava do ministério de Jesus. Longe de ser um juiz inclemente, sua ação primava pela misericórdia. Longe de irar-se, mostrava-se benevolente e solícito com os fracos e pequeninos. Longe de anunciar castigos implacáveis, espalhava sinais do amor divino por onde passava.
A resposta de Jesus aos emissários de João comportava um apelo para que abrissem mão de seus preconceitos acerca do Messias e se mostrassem sensíveis à verdadeira maneira de agir de Deus na história humana. Afinal, Deus está mais interessado em salvar do que em castigar.