O Senhor esteja convosco.
Ele esta no meio de nós.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas 1,57-66
Gloria a Vós, Senhor.
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos:
57Quanto a Isabel, chegou seu tempo de dar à luz e ela teve um filho. 66Todos os que ouviam isso, guardavam tudo no coração, perguntando: “Que virá a ser este menino?” De fato, a mão do Senhor estava com ele. 67Então seu pai Zacarias, cheio do Espírito Santo, começou a profetizar, dizendo: 68“Bendito seja o Senhor, Deus de Israel, porque visitou e libertou seu povo, 69e fez surgir para nós um Salvador poderoso na casa de Davi, seu servo, 70conforme tinha anunciado pela boca de seus santos, os antigos profetas, 71para nos salvar de nossos inimigos e de todos os que nos odeiam. 72Mostra assim misericórdia a nossos pais e lembra-se de sua santa aliança, 73do juramento que fez a Abraão, nosso pai, 74de nos conceder que, sem temor e livres de nossos inimigos, 75o sirvamos em santidade e justiça, diante dele, por toda a nossa vida. 76E tu, menino, serás chamado profeta do Altíssimo, porque irás à frente do Senhor para preparar seus caminhos, 77para revelar a seu povo a salvação, pela remissão dos pecados; 78graças à terna misericórdia de nosso Deus, com a qual nos visitará, como sol que vem do alto, 79para iluminar os que jazem nas trevas e na sombra da morte, a fim de guiar nossos passos no caminho da paz”. 80Entretanto o menino crescia, e se fortalecia seu espírito. E morou no deserto até o dia em que devia manifestar-se a Israel.
Palavra da Salvação.
Gloria a Vós, Senhor.
A história de João Batista corresponde a uma grande demonstração de misericórdia por parte de Deus, seja em relação a seus pais, seja em relação à humanidade.
Em relação a Zacarias e Isabel, João Batista representou o fim de uma situação humilhante, para um casal temente a Deus e avançado em idade, porém, sem filhos. Sua presença significava, no imaginário popular, a suspensão da maldição que recaía sobre eles. Daí ter sido motivo de regozijo para eles, seus vizinhos e parentes.
Em relação à humanidade, porque João Batista haveria de preparar o caminho para a vinda do Messias, há tanto tempo esperado. Quiçá seus contemporâneos nem tivessem suficiente consciência deste aspecto de sua verdade. Em todo o caso, começavam a dar-se conta de que nele havia algo de grandioso. Até a experiência de mudez de seu pai com a posterior recuperação da fala apontavam para isto. Era inexplicável que houvesse perdido a voz, quando servia no templo, e a tivesse recobrado ao escrever numa taboinha o nome a ser dado ao filho, João, que significa Deus é propício, quando todos insistiam em chamá-lo de Zacarias, como o pai. O temor que se apossou da gente da vizinhança é próprio de quem tem consciência de encontrar-se diante de uma evidente manifestação de Deus.
A constatação de que “a mão do Senhor estava com o menino” revela a expectativa criada em torno dessa criança. Algo de grandioso lhe estava reservado.