O Senhor esteja convosco.
Ele esta no meio de nós.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus 9,9-13
Gloria a Vós, Senhor.
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos:
13Jesus saiu de novo para a beira do mar; toda a multidão ia até ele, e ele os ensinava. 14Ao passar, viu Levi, filho de Alfeu, sentado junto à banca de impostos, e lhe disse: “Segue-me”. Ele se levantou e o seguiu. 15Estando Jesus à mesa na casa dele, muitos publicanos e pecadores tomaram lugar com Jesus e seus discípulos, pois havia muitos deles que o seguiam. 16Quando os escribas dos fariseus o viram comendo com os pecadores e os publicanos, perguntaram a seus discípulos: “Por que ele come e bebe com os publicanos e os pecadores?” 17Jesus, que tinha ouvido tudo, disse-lhes: “Não são os que têm saúde que precisam de médico, mas os doentes. Não vim chamar os justos, mas os pecadores”.
Palavra da Salvação.
Gloria a Vós, Senhor.
No tempo de Jesus, a postura preconceituosa de certa ala do farisaísmo era bem conhecida. Julgando-se melhores que todo mundo por observarem, escrupulosamente, a Lei mosaica, sentiam-se no direito de desprezar quem não agia assim. Olhavam com desprezo para os pecadores e todos os que eram incapazes de praticar a Lei de modo “tão perfeito” como eles. Por outro lado, por serem contrários aos romanos, recusavam-se a conviver com os colaboradores do poder opressor. Nesta categoria, incluíam-se os cobradores de impostos. Isto explica por quê se admiraram ao ver Jesus sentado à mesa com eles e com os pecadores. O gesto de Jesus parecia-lhes digno de censura.
Entretanto, o modo de proceder do Mestre ia na direção contrária. Sabendo-se revestido da missão de libertar o povo do seu pecado, buscava a companhia e a amizade dos que mais necessitavam da misericórdia divina. Longe de desprezá-los e marginalizá-los, sempre tinha para com eles gestos benevolentes de acolhida.
Um provérbio popular bem conhecido ajudava-o a compreender sua missão. Afinal, ao médico interessa quem está doente e carece de ajuda, e não quem está sadio e em boa forma. Sendo ele o médico enviado por Deus para curar o pecado da humanidade, urgia colocar-se junto às vítimas do pecado. É o que fazia, sem se importar com os preconceitos dos fariseus.