+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas 7, 11-17
11Depois, Jesus foi para uma cidade chamada Naim, e foram com ele seus discípulos e uma enorme multidão. 12Ao chegar à porta da cidade, estavam levando para a sepultura um morto que era o filho único de uma viúva; com ela havia uma multidão bem grande da cidade. 13Vendo-a, o Senhor teve pena dela e lhe disse: “Não chores”. 14E, aproximando-se, tocou no esquife; os que o carregavam pararam. Então disse: “Moço, eu te ordeno: levanta-te!” 15O que estivera morto sentou-se e começou a falar. E Jesus o entregou a sua mãe.16O medo apoderou-se de todos e louvavam a Deus, dizendo: “Um grande profeta surgiu entre nós e Deus visitou seu povo”. 17Esta notícia espalhou-se pela Judeia inteira e por toda a região ao redor.
Palavra da Salvação.
A ressurreição do filho único da viúva de Naim revela Jesus como o Messias, prenunciado pelos profetas, restaurador da vida fragilizada pelo pecado. Esta será uma chave de leitura importante de seu ministério.
O profeta Elias havia ressuscitado o filho de uma pobre viúva, que lhe havia dado de comer, num tempo de seca e de carestia. A expectativa da volta desse profeta, no fim dos tempos, levava muitos a nutrir a esperança de que ele realizaria a mesma sorte de milagres. No apocalipse de Isaías, os habitantes do pó – os mortos – são convocados para despertar e se alegrar, já que, pela força de Deus, os defuntos reviverão e os cadáveres ressurgirão. Estes e outros textos do Antigo Testamento levavam os judeus a esperar uma era messiânica, na qual haveria uma ressurreição geral de todos os justos de Israel.
O milagre evangélico projeta-se neste pano de fundo. Em Jesus, as esperanças messiânicas atingem seu pleno cumprimento. Ele é o Messias esperado. Mas, seu modo de ser superava em muito os esquemas messiânicos acalentados pela piedade popular. Tinham razão as testemunhas do milagre, quando proclamaram: “um grande profeta surgiu entre nós, e Deus visitou seu povo!” Entre eles, porém, estava o Filho querido do Pai, com a missão de oferecer vida nova à humanidade. O rapaz ressuscitado tornava-se um símbolo desta realidade.