+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Marcos 3,20-21
20Em seguida voltou para casa. De novo acorreu uma multidão tal que nem puderam tomar refeição. 21Seus parentes, quando ouviram isso, foram para segurá-lo, pois corria o boato de que ele estava louco.
Palavra da Salvação.
Palavra da Salvação.
O Evangelho se dá conta do alvoroço da multidão em torno de Jesus. Quando pregava à beira do lago da Galiléia, instruía os discípulos para terem sempre um barco pronto para escapar, caso a multidão ameaçasse comprimi-lo. Houve até momentos em que o vai-e-vem infindável das multidões não lhe permitia nem mesmo comer.
Tal coisa deixava preocupados seus parentes mais próximos. Estes, imediatamente, tomaram providências para tirá-lo daquela situação. Tal gesto, porém, pode ser interpretado de dois modos. Os parentes poderiam estar preocupados com o bem estar de Jesus, e queriam garantir-lhe um tempo de repouso, para recuperar as forças, uma vez que até se dizia estar o Mestre agindo como um louco. Ou eles mesmos acreditavam que Jesus estivesse fora de si. Daí tomarem a iniciativa para afastá-lo da multidão, de modo a não continuar fazendo suas “loucuras”.
Ambas as interpretações desfocam a imagem de Jesus. No primeiro caso, ele é considerado incapaz de ter controle sobre a situação externa; no segundo, consideram-no incapaz de controlar os próprios sentimentos e emoções, dando mostras de demência.
Os familiares de Jesus estavam bem longe de compreender o sentido daquela movimentação. Tratava-se do alvoroço causado pela presença do Reino de Deus, cujo mediador era Jesus. Era a “loucura” de Deus manifestando sua misericórdia sem limites para com os pobres e marginalizados que não tinham ninguém a seu favor.
Tal coisa deixava preocupados seus parentes mais próximos. Estes, imediatamente, tomaram providências para tirá-lo daquela situação. Tal gesto, porém, pode ser interpretado de dois modos. Os parentes poderiam estar preocupados com o bem estar de Jesus, e queriam garantir-lhe um tempo de repouso, para recuperar as forças, uma vez que até se dizia estar o Mestre agindo como um louco. Ou eles mesmos acreditavam que Jesus estivesse fora de si. Daí tomarem a iniciativa para afastá-lo da multidão, de modo a não continuar fazendo suas “loucuras”.
Ambas as interpretações desfocam a imagem de Jesus. No primeiro caso, ele é considerado incapaz de ter controle sobre a situação externa; no segundo, consideram-no incapaz de controlar os próprios sentimentos e emoções, dando mostras de demência.
Os familiares de Jesus estavam bem longe de compreender o sentido daquela movimentação. Tratava-se do alvoroço causado pela presença do Reino de Deus, cujo mediador era Jesus. Era a “loucura” de Deus manifestando sua misericórdia sem limites para com os pobres e marginalizados que não tinham ninguém a seu favor.