O Senhor esteja convosco.
Ele esta no meio de nós.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas 4;14-21
Gloria a Vós, Senhor.
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos:
14Ficarás feliz e radiante, e muitos se alegrarão quando ele nascer. 15Porque ele será grande diante do Senhor; não tomará vinho nem qualquer bebida forte; desde o seio de sua mãe será cheio do Espírito Santo 16e reconduzirá muitos filhos de Israel ao Senhor, seu Deus. 17Caminhará diante dele com o espírito e o poder de Elias, para reconduzir o coração dos pais aos filhos e os rebeldes à sabedoria dos justos, a fim de preparar para o Senhor um povo bem disposto”. 18Zacarias disse ao anjo: “Como terei certeza disto? Pois sou velho e minha mulher é de idade avançada”.19Respondeu-lhe o anjo: “Eu sou Gabriel. Estou sempre diante de Deus, e fui enviado para te falar e anunciar esta boa nova.20Ficarás mudo e sem poder falar até o dia em que se realizarem estas coisas, já que não acreditaste em minhas palavras, que hão de cumprir-se a seu tempo”. 21Entretanto, o povo esperava Zacarias, estranhando sua demora no santuário.
Palavra da Salvação.
Gloria a Vós, Senhor.
A profecia de Isaías, lida na sinagoga de Nazaré, pode ser tomada como o discurso programático das atividades de Jesus e como expressão da consciência que ele tinha da sua vocação e missão.
A evocação do Ungido do Senhor aponta para a origem de Jesus e de sua missão. Seu messianismo tinha origem no Pai, de quem provinha uma tarefa precisa, a ser realizada em favor da humanidade. Foi ele Pai quem o constituiu Messias e lhe conferiu poderes para fazer o Reino acontecer na história humana.
O elenco de atividades do Messias anunciado pelo profeta corresponde ao conjunto das ações de Jesus. Tudo quando fez, consistiu em reavivar a esperança no coração dos pobres. Estes eram as principais vítimas do anti-Reino, por seu sistema de exclusão e de opressão. Por isso, o senhorio de Deus, experimentado por Jesus em sua própria vida, deveria ser estendido, em primeiro lugar, aos pobres. Pela ação de Jesus, os feridos pela injustiça seriam curados; os prisioneiros do pecado e do egoísmo recuperariam a liberdade, convertendo-se ao amor. A cegueira, que impede as pessoas de descobrirem os caminhos de Deus, seria superada. Aos massacrados pela opressão, seria proclamada a libertação. Enfim, para todos, seria oferecida a possibilidade de restaurar sua amizade com Deus. A atividade de Jesus, portanto, foi a realização das antigas profecias.