O bispo da diocese de Franca, Dom Paulo Roberto Beloto, presidiu às 10 horas, do dia 21 de novembro, a missa que antecedeu ao sepultamento de Dom Diógenes Silva Matthes, primeiro bispo da Diocese de Franca, morto na manhã do domingo, dia 20.
Nascido no dia 12 de outubro de 1931 na cidade de Serrania – MG (mas registrado em Caconde /SP), filho de Gustavo Orlando Matthes e Aparecida Silva Matthes, Dom Diógenes foi ordenado presbítero no dia 29 de junho de 1957, nomeado bispo em 11 de março de 1971, e tornou-se bispo emérito no dia 29 de novembro de 2006. Seu lema episcopal: “Amados no Senhor”.
A missa celebrada na Catedral de Nossa Senhora da Conceição foi concelebrada pelos bispos: Dom Moacir Silva (arcebispo de Ribeirão Preto); Dom Caetano Ferrari (Bauru); Dom Pedro Luiz Stringhini (Mogi das Cruzes); Dom Devair Araújo Fonseca (bispo auxiliar de São Paulo); Dom Vilson Dias de Oliveira (Limeira); Dom Antonio Emídio Vilar (São João da Boa Vista); Dom José Geraldo Oliveira do Valle (bispo emérito de Guaxupé); Dom Luiz Carlos Dias (bispo auxiliar de São Paulo); Dom Pedro Carlos Cipollini (Santo André) e Dom Benedito Gonçalves dos Santos (Presidente Prudente). Além deles, sacerdotes, seminaristas, diáconos, religiosos, familiares, amigos e centenas de fiéis foram prestar sua homenagem e erguer seu louvor a Deus pela vida deste “amado”, “que ele sabia o ser”, como o próprio D. Paulo ressaltou em sua homilia.
Logo no início da celebração, padre Rogerio Ruffo leu a biografia de Dom Diógenes e enfatizou a grande graça por ele recebida ao ser chamado por Deus no dia em que a Igreja celebrou Cristo Rei, a viver a plenitude dos justos.
Em sua homilia Dom Paulo Beloto recordou a fala do Papa Francisco, de que devemos lembrar sempre de Jesus “fonte da misericórdia”. A morte dele aconteceu quando fechamos o ano da misericórdia. Salientou que Dom Diógenes sempre gostou de celebrar datas importantes de sua vida (estes dias atrás celebrou seu batismo, lembrou ele) por isso, para além da tristeza, lembramos uma vida de alegria. O texto proclamado no evangelho foi escolhido por ele mesmo para a ocasião, o das bem-aventuranças. O bem-aventurado é o que busca apoio em Deus. Disse ainda que a vida de um padre é uma eucaristia, e citando Dom Helder Câmara, ressaltou que na eucaristia entendemos a secreta grandeza da vida de um bispo. Conclamou a todos a pedir que a Mãe Santíssima acolhesse o seu filho. E finalizou: – Caro Dom Diógenes, repouse em paz!
Após a homilia, padre Celio Cintra leu o testamento de Dom Diógenes. Na manifestação dos bispos presentes, a lembrança da contribuição ao Regional Sul 1, e o louvor por tudo o que Dom Diógenes foi e realizou.
Enfim, padre Fabio pronunciou, em nome de todos os padres “e de todos os presentes e ausentes, de todos os que foram beneficiados por sua ação pastoral” uma saudação agradecendo as preces e orações. Alicerçados na mesma fé, disse ele, podemos gritar “a morte foi absorvida na vitória”.
Seguiu-se então o rito das exéquias, onde Dom Paulo convidou os presentes à oração silenciosa enquanto ele incensava o corpo, e finalmente os familiares e bispos presentes deram seu último adeus a Dom Diógenes.
Ao ser encerrado o caixão, soaram os sinos na torre da Catedral e enquanto os fiéis batiam palmas, Dom Diógenes baixava à sepultura, no presbitério.