+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus 10,7-13
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos:
7Andando pelo caminho, anunciai que o Reino dos Céus está perto. 8Curai os doentes, ressuscitai os mortos, purificai os leprosos, expulsai os demônios. De graça recebestes, de graça deveis dar. 9Não leveis ouro, nem prata, nem dinheiro na cintura; 10nem mochila, nem duas túnicas, nem sandálias, nem cajado, pois o operário merece seu alimento. 11Entrando em alguma cidade ou aldeia, procurai saber quem nela é digno, e ficai ali até vossa partida. 12Entrando na casa, dirigi-lhe a saudação. 13Se a casa for digna, desça sobre ela vossa paz; se não for, vossa paz volte para vós.
Palavra da Salvação.
Os discípulos foram enviados em missão com a tarefa de dar continuidade à missão de Jesus. A dupla face do messianismo de Jesus se expressaria no ministério dos apóstolos. Não somente com palavras, mas também com obras eles se poriam a serviço do Reino.
Aos apóstolos competia proclamar a chegada do Reino dos Céus na pessoa de Jesus. De que modo? Deus foi plenamente Senhor da vida de Jesus. Nada nem ninguém jamais o desviou do caminho traçado pelo Pai. Somente ao querer do Pai ele se submeteu. Jamais cedeu a qualquer tipo de tentação. Por isso, o Reino dos Céus se encarnou na sua pessoa e ação. Este evento deveria ser proclamado a todos os povos.
Por outro lado, como sucedeu com Jesus, a pregação dos apóstolos encontraria apoio nos milagres realizados por eles. Os quatro milagres apontados relacionam-se com a proteção da vida humana da investida das doenças, da morte e dos espíritos impuros. O ministério apostólico, portanto, estava destinado a colocar-se a serviço da vida. Onde a vida fosse defendida, restaurada ou garantida, aí estaria acontecendo o milagre do Reino, cuja presença seria historicamente perceptível.
A vida de Jesus é o ponto de referência da ação do apóstolo. A fidelidade à missão acontece na medida em que realmente Jesus continua atuando na pessoa de seus enviados.