+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 10,7-13
7Andando pelo caminho, anunciai que o Reino dos Céus está perto. 8Curai os doentes, ressuscitai os mortos, purificai os leprosos, expulsai os demônios. De graça recebestes, de graça deveis dar. 9Não leveis ouro, nem prata, nem dinheiro na cintura; 10nem mochila, nem duas túnicas, nem sandálias, nem cajado, pois o operário merece seu alimento. 11Entrando em alguma cidade ou aldeia, procurai saber quem nela é digno, e ficai ali até vossa partida. 12Entrando na casa, dirigi-lhe a saudação. 13Se a casa for digna, desça sobre ela vossa paz; se não for, vossa paz volte para vós.
Palavra da Salvação.
Uma das tarefas dos apóstolos consistia em proclamar, aos quatro ventos, o anúncio da chegada do Reino. Finalmente realizavam-se as esperanças do povo.
E essa proclamação deveria ser feita com palavras, quanto com ações. Aliás, as ações próprias do Reino seriam a melhor prova da presença desta novidade, na história de Israel. Os gestos de curar doentes, ressuscitar os mortos, purificar os leprosos e expulsar os demônios provavam cabalmente a irrupção do Reino na história. Significavam que a vida humana fora recuperada no seu frescor original; fora libertada de todo tipo de escravidão; que o ser humano fora salvo da marginalização, tendo adquirido plenos direitos sociais e religiosos. Sobretudo, indicavam que finalmente Deus tinha a primazia sobre vida humana, livrando-a do poder da morte.
A gratuidade no ministério também seria um excelente testemunho de serviço ao Reino. Quem recebeu de graça, deve dar de graça, para fazer frente à tentação de acumular e querer impor-se pela riqueza. A falta de gratuidade pode levar o discípulo a tornar-se escravo do dinheiro, a ponto de esquecer-se da primazia de Deus e de seu Reino. Isto seria um contratestemunho.