A Bíblia (do grego βιβλία, plural de βιβλίον, transl.
bíblion, “rolo” ou “livro”, diminutivo de “byblos”,
“papiro egípcio”,
provavelmente do nome da cidade de onde esse material era exportado para a Grécia, Biblos, atual Jbeil, no Líbano) é uma coleção de textos religiosos de valor sagrado para o cristianismo,
em que se narram interpretações religiosas do motivo da existência do
homem na Terra.
É considerada pelos cristãos como divinamente inspirada, tratando-se de importante documento doutrinário.
A Bíblia foi escrita por pessoas sob efeito da inspiração divina.
O apóstolo Paulo afirma que “toda a Escritura é inspirada por Deus”, literalmente, “soprada por Deus” [que é a tradução da palavra grega θεοπνευστος, theopneustos] (2 Timóteo 3:16).
O apóstolo Pedro diz que “nenhuma profecia foi proferida pela vontade dos homens. Inspirados pelo Espírito Santo é que homens falaram em nome de Deus.” (2 Pedro 1:21). O apóstolo Pedro atribui aos escritos de Paulo a mesma autoridade do Antigo Testamento: “E tende por salvação a longanimidade de nosso Senhor; como também o nosso amado irmão Paulo vos escreveu, segundo a sabedoria que lhe foi dada; falando disto, como em todas as suas epístolas, entre as quais há pontos difíceis de entender, que os indoutos e inconstantes torcem, e igualmente as outras Escrituras, para sua própria perdição” (2 Pedro 3:15-16).
Quando você ora, é você falando com Deus, Quando você lê a Bíblia, é Deus quem fala com você.
A Bíblia foi escrita por 40 autores, entre 1 500 a.C. e 450 a.C. o Antigo Testamento e entre 45 d.C. e 90 d.C. e o Novo Testamento.
O Antigo Testamento, apresenta a história do mundo desde sua criação até os acontecimentos após a volta dos judeus do exílio babilônico.
O Novo Testamento apresenta a história de Jesus Cristo e a pregação de seus ensinamentos, durante sua vida e após sua morte e ressurreição, no século I, totalizando um período de quase 1600 anos.
Os cinco primeiros livros são chamados de Pentateuco (Gênesis, Êxodo, Levítico, Números, Deuteronômio), os judeus têm o Pentateuco como seu mais importante livro sagrado, o qual chamam de Torá.
Origem do termo “testamento”
Este vocábulo não se encontra na Bíblia como designação de uma de suas partes. A palavra portuguesa
“testamento” corresponde à palavra hebraica berith (que significa aliança, pacto, convênio, contrato), e designa a aliança que Deus fez com o povo de Israel no monte Sinai, tal como descrito no livro de Êxodo (Êxodo 24:1-8 e Êxodo 34:10-28). Segundo a própria Bíblia, tendo sido esta aliança quebrada pela infidelidade do povo, Deus prometeu uma nova aliança (Jeremias 31:31-34) que deveria ser ratificada com o sangue de Cristo (Mateus 26:28). Os escritores do Novo Testamento denominam a primeira aliança de antiga (Hebreus 8:13), em contraposição à nova (2 Coríntios 3:6-14).Os tradutores da Septuaginta traduziram berith para diatheke, embora não haja perfeita correspondência entre as palavras, já que berith designa “aliança” (compromisso bilateral) e diatheke tem o sentido de “última disposição dos próprios bens”, “testamento” (compromisso unilateral).As respectivas expressões “antiga aliança” e “nova aliança” passaram a designar a coleção dos escritos que contém os documentos respectivamente da primeira e da segunda aliança. As denominações “Antigo Testamento” e “Novo Testamento”, para as duas coleções dos livros sagrados, começaram a ser usadas no final do século II, quando os evangelhos e outros escritos apostólicos foram considerados como parte do cânon sagrado. O termo “testamento” surgiu através do latim, quando a primeira versão latina do Velho Testamento grego traduziu diatheke por testamentum