+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus 13,44-46
44“O Reino dos Céus é como um tesouro escondido num terreno. A pessoa que o encontra esconde-o de novo. Fica tão alegre que vai, vende tudo o que possui para poder comprar o terreno”.
45“O Reino dos Céus é também como o negociante que anda à procura de pérolas preciosas. 46Ao encontrar uma de grande valor, vai, vende tudo o que possui e a compra”.
Palavra da Salvação.
Quanta coisa o discípulo deixa de lado quando abraça o Reino! O eventual sentimento de perda – por ter que abrir mão de coisas às quais se tinha apegado – é superado quando descobre o valor infinito do Reino de Deus.
O Reino e Deus não são duas entidades distintas. São uma só e mesma coisa. O Reino é Deus atuando na história humana com o fito de resgatá-la do pecado. É o Criador buscando libertar a criatura humana de tudo quanto a oprime e a mantém escravizada. É o Senhor de todas as coisas que recupera o senhorio absoluto sobre cada ser humano e sobre a História, instaurando o regime do perdão e da graça. É o triunfo da misericórdia, da solidariedade, da partilha, da fraternidade, da justiça!
Existem elementos claramente incompatíveis com o Reino. O discípulo desde logo reconhece ser impossível combiná-los com a sua opção, e percebe a importância de deixá-los de lado. Entretanto, existem bens que não são incompatíveis com o Reino. No entanto, em determinado momento, o discípulo descobre tratar-se de bens menores que devem ser substituídos por um bem maior.
Os personagens da parábola são um exemplo de esperteza: chegam a uma decisão rápida e inteligente. Assim deve agir o discípulo quando se defronta com o Reino e descobre seu valor infinito: “vender tudoquanto possui” para adquiri-lo.