Profeta Amós foi um Profeta do Antigo Testamento, autor do Livro de Amós. Amós escreveu em um momento de relativa paz e prosperidade.
760 AC, Amós (nome que em hebraico significa “levar” e que parece ser uma forma abreviada da expressão Amosiá, que significa ( Deus levou) que era um pastor de ovelhas (1:1; 7:14) e cultivador de sicômoros (7:14), um fruto comestível que se parece com o figo
O Livro de Amós é o terceiro dos Doze Profetas Menores no Tanakh (chamado pelos cristãos de Antigo Testamento) e o segundo na tradição grega da Septuaginta. Amós, um contemporâneo mais antigo de Oseias e Isaías, estava ativo por volta de 750 a.C. durante o reinado de Jeroboão II (788–747 a.C.), (788-747 a.C.), tornando Amós o primeiro livro profético da Bíblia a ser escrito. Amós viveu no reino de Judá, mas pregou no reino do norte de Israel. Seus principais temas são a justiça social, a onipotência de Deus e o julgamento divino. O livro de Amós cita claramente o ciclo da água, que só foi descoberto séculos depois
A canonicidade deste livro, ou sua reivindicação de um legítimo lugar na Bíblia, jamais foi questionada e sempre defendida. Desde os tempos primitivos, foi aceito pelos judeus, e aparece nos mais antigos catálogos cristãos. Justino, o Mártir, do século II, citou Amós em seu Dialogue With Trypho, a Jew (Diálogo com Trífon, um Judeu, cap. XXII). O próprio livro se acha em completo acordo com o restante da Bíblia, conforme indicado pelas muitas referências do escritor à história bíblica e às leis de Moisés. (Am 1:11; 2:8-10; 4:11; 5:22, 25; 8:5) Os cristãos do primeiro século aceitavam os escritos de Amós como Escritura inspirada. Por exemplo, o mártir Estevão (At 7:42, 43; Am 5:25-27), e Tiago, irmão de Jesus (At 15:13-19; Am 9:11, 12), mencionaram o cumprimento de algumas das profecias.
Outros eventos históricos atestam, de forma similar, a veracidade do profeta. É fato histórico que todas as nações condenadas por Amós foram, no devido tempo, devoradas pelo fogo da destruição. A própria grandemente fortificada cidade de Samaria foi sitiada e capturada em 740 a.C., e o exército assírio levou os habitantes “para o exílio além de Damasco”, conforme predito por Amós. (Am 5:27; 2Rs 17:5, 6) Judá, ao sul, recebeu igualmente a devida punição quando foi destruída em 607 a.C. (Am 2:5) E, fiel à palavra de Jeová mediante Amós, descendentes cativos tanto de Israel como de Judá voltaram em 537 a.C. para reconstruir sua terra natal. — Am 9:14; Esd 3:1.
Depois do título (1:1) e uma breve introdução (1:2), inicia-se uma série de óraculos (1:3-2:16) contra as nações vizinhas que é feito em várias direções seguindo uma simetria de pontos opostos: Damasco, a nordeste; Gaza, no poente; Tiro, a noroeste; Edom, a sudeste e Amon e Moab no nascente, por suas crueldades entre si e até mesmo, o mais extenso deles, contra Israel. Há condenações contra Judá e Israel, por sua idolatria.
Os capítulos de 3 a 6 condenam Israel por sua hipocrisia (porque apesar de terem cometido idolatria, ainda realizavam as festas do Pentateuco) e injustiça social, merecendo destaque o discurso contra a impenitência de Israel (4:6-13), as palavras contra o culto de Betel (4:4-5; 5:4-5.21-27), as denúncias contra a injustiça social (3:9-11; 4:1-3), contra o orgulho e as falsas seguranças (3:1-22; 5:18-20; 6:1-7.13-14).
São sete os crimes de Israel:
“vendem o justo (tsaddîq) por prata”: desprezo ao devedor
“o indigente (‘ebyôn) por um par de sandálias”: escravização por dívidas ridículas
“esmagam sobre o pó da terra a cabeça dos fracos (dallîm)”: humilhação/opressão dos pobres
“tornam torto o caminho dos pobres (‘anawim)”: desprezo pelos humildes
“um homem e seu filho vão à mesma jovem”: opressão dos fracos (das empregadas/escravas)
“se estendem sobre vestes penhoradas, ao lado de qualquer altar”: falta de misericórdia nos empréstimos
“bebem vinho daqueles que estão sujeitos a multas, na casa de seu deus”: mau uso dos impostos (ou multas).
Amós, com os termos tsaddîq (justo), ‘ebyôn (indigente), dal (fraco) e ‘anaw (pobre), designa as principais vítimas da opressão na sua época. Sob estes termos Amós aponta o pequeno camponês, pobre, com o mínimo para sobreviver e que corre sério risco de perder casa, terra e liberdade com a política expansionista de Jeroboão II. É em sua defesa que Amós vai profetizar.
Está em 4:1, “ouvi esta palavra vacas de Basã, que estais no monte de Samaria, que oprimis os pobres, que quebrantais os necessitados…”. O apelo por justiça é o tema mais conhecido deste livro, porque evidencia a condenação de Deus aos que ficaram ricos através da corrupção.
No capítulo 7, o autor nos informa que foi chamado à corte do rei Jeroboão II para explicar suas profecias, que eram desfavoráveis ao rei. Ele acaba não sendo punido e acaba advertindo o rei.
O livro termina com uma mensagem de que, apesar de Deus castigar a Israel, Deus irá restaurar a nação, quando ela se voltar a Deus.