O Senhor esteja convosco.
Ele esta no meio de nós.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São João 13,16-20
Gloria a Vós, Senhor.
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos:
16“Na verdade, na verdade, vos digo: o empregado não é maior que seu patrão, nem o enviado maior que aquele que o envia.17Sabendo disso, sois felizes se o praticais. 18Não o digo de vós todos; eu conheço os que escolhi; mas é preciso que se cumpra o que diz a Escritura: ‘Aquele que come meu pão levantou contra mim seu calcanhar’”. 19Desde já eu vo-lo digo, antes que aconteça, para que, quando acontecer, acrediteis que eu sou. 20Na verdade, na verdade, vos digo: quem acolhe aquele que eu enviar a mim acolhe; e quem me acolhe, acolhe aquele que me enviou”.
Palavra da Salvação.
Gloria a Vós, Senhor.
A traição de Judas não pegou Jesus de surpresa. O comportamento do discípulo deve ter chamado a atenção do Mestre. Sem dúvida, havia em Judas algo revelador de sua pouca sintonia com ele.
O gesto desse discípulo não deixa de ser intrigante. Por que trair um Mestre como Jesus, que superava, em sabedoria e poder, todos os demais até então conhecidos? Por que uma atitude tão mesquinha em relação a quem se mostrara tão misericordioso e compassivo?
Só existe uma resposta para este questionamento: a liberdade de Judas. Embora escolhido por Jesus para fazer parte do círculo dos íntimos aos quais tinham sido confiados os ministérios necessários para o anúncio do Reino, o traidor não foi capaz de abrir mão de seus esquemas mentais, e contar, efetivamente, com Jesus. Embora convivesse com o Mestre, este, porém, não exercia influência sobre ele. Pelo contrário, Judas deixava-se influenciar pelas forças demoníacas do dinheiro e do poder político.
A traição, neste caso, situa-se num contexto de esperanças frustradas. Judas preferiu dar ouvido ao tentador. Foi sua desgraça! Deixou-se dominar pelos salteadores, ao invés de dar ouvido à voz do Pastor!
O gesto tresloucado de Judas é um alerta para os discípulos de todos os tempos. Ninguém está isento de passar de amigo a traidor. Sem obediência total à voz do pastor, não existe discipulado que se sustente.